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Azia na gravidez: entenda as causas e como aliviar os sintomas 

A Nutricionista Marina Turzi explica por que o problema é tão comum e o tratamento que realmente funciona para diminuir o desconforto

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Aquela sensação de queimação no peito tem sido uma companhia constante na sua gestação? Saiba que você não está sozinha. Apresentar azia na gravidez é um dos desconfortos mais comuns nesse período, mas entender por que ela acontece e como aliviá-la pode trazer mais bem-estar e conforto para o seu dia a dia. 

Para ajudar você nessa jornada, conversamos com a Nutricionista Marina Turzi, que esclareceu as principais dúvidas sobre o tema.

O que causa azia na gravidez? 

A azia, também conhecida como pirose, acontece na gravidez por uma combinação de dois fatores principais: um mecânico e outro hormonal.

O fator mecânico é o mais fácil de visualizar: com o crescimento do bebê, o útero empurra o estômago para cima. Já o fator hormonal se deve à progesterona, um hormônio essencial na gestação que tem como efeito relaxar a musculatura do corpo.

Esse relaxamento afeta uma válvula que temos na entrada do estômago, o esfíncter esofágico, que acaba perdendo força e se torna menos eficiente para impedir o retorno do conteúdo gástrico. 

“O deslocamento e a compressão do estômago pelo útero, somado ao relaxamento do esfíncter esofágico, tendem a causar desconforto e queimação, com retorno do alimento”, explica Marina.

Mas ela destaca que não se trata de uma sentença para todas as gestantes: tudo vai depender dos hábitos adotados e também da anatomia de cada mulher.

Quais os sintomas de azia na gravidez? 

Os sintomas da azia na gravidez são semelhantes aos da azia em outras fases da vida, mas podem ser mais intensos devido às particularidades da gestação. O principal incômodo é uma sensação de queimação ou ardência no peito, que pode se estender até a garganta. Outros sintomas incluem: 

  • Regurgitação de alimentos ou líquidos ácidos na boca. 
  • Dor no peito, que pode ser confundida com dor cardíaca.
  • Dor no estômago.
  • Dificuldade para engolir.
  • Dor de garganta, tosse crônica ou rouquidão.
  • Sensação de inchaço ou plenitude, náuseas e vômitos.

Veja também: Hiperêmese gravídica: quando os enjoos passam a ser preocupantes


Azia na gravidez começa com quantos meses? 

“A azia pode surgir em diferentes estágios da gravidez, embora seja mais prevalente a partir do segundo trimestre”, explica a Nutricionista. Algumas gestantes, no entanto, podem começar a sentir os primeiros sintomas já no primeiro trimestre, devido às rápidas alterações hormonais. À medida que a gravidez avança e o útero cresce, a pressão sobre o estômago aumenta, o que tende a intensificar a azia nos meses finais. 

O que é bom para azia na gravidez? 

Para aliviar a azia na gravidez, a Nutricionista Marina Turzi enfatiza que a solução raramente está em um único alimento milagroso: o melhor tratamento está em uma série de ajustes no estilo de vida e nos hábitos alimentares. A seguir, detalhamos as principais recomendações da especialista para trazer mais conforto para o seu dia a dia.

1. Fracione as refeições e coma sem pressa

Em vez de três grandes refeições, a estratégia é fazer várias pequenas pausas para se alimentar ao longo do dia. “O ideal é comer de seis a oito vezes por dia, em pequenas porções, e nunca em grande volume”, orienta Marina. Ela também reforça a importância de mastigar bem devagar, o que facilita o trabalho do estômago e melhora a digestão como um todo.

2. Escolha alimentos leves e evite gordura

A recomendação é dar preferência a alimentos bem leves, com fácil digestibilidade. Marina sugere focar em proteínas magras, como peixe e frango, e, no caso da carne vermelha, optar por cortes magros, evitando os gordurosos. Legumes cozidos ou refogados também são excelentes opções, pois são mais gentis com o sistema digestivo do que as versões cruas.

Por outro lado, é fundamental evitar frituras e pratos pesados. “Isso piora muito a sensação de queimação e de refluxo, pois a gordura torna a digestão mais lenta, mantendo o alimento no estômago por mais tempo”, alerta a nutricionista.

3. Evite fatores irritantes do estômago

Além da gordura, certos alimentos e substâncias são conhecidos por irritar a mucosa do estômago ou relaxar ainda mais o esfíncter esofágico, piorando a azia. Por isso, a recomendação é evitar ou reduzir drasticamente o consumo de café, chá preto, chá mate e bebidas com cafeína em geral.

Alimentos muito doces, chocolates e bebidas gaseificadas também entram na lista de atenção, pois podem aumentar a acidez estomacal. É fundamental, ainda, evitar o consumo de álcool e o fumo, que são prejudiciais tanto para a sua saúde quanto para o desenvolvimento do bebê, além de serem grandes vilões para o sistema digestivo.

4. A postura correta é sua aliada

Uma regra de ouro é nunca comer deitada ou se deitar logo após uma refeição. “Especialmente após o jantar, espere pelo menos duas horas antes de se deitar”, orienta Marina, lembrando que essa é a melhor forma de aliviar a azia na hora de dormir.

Se o problema costuma atacar durante a noite, experimente usar travesseiros extras para elevar a cabeça e o tronco, ajudando a manter o ácido gástrico no estômago.

5. Hidratação na hora certa

Manter-se hidratada é fundamental, pois a água ajuda a diluir o ácido estomacal e mantém o revestimento do trato gastrointestinal saudável, prevenindo irritações. Mas o ideal é beber água e outros líquidos nos intervalos entre as refeições, e não em grande quantidade junto com a comida, para não aumentar o volume dentro do estômago. 

Limão é bom para azia na gravidez? 

Apesar da crença popular de que o limão pode aliviar a azia, a Nutricionista Marina Turzi esclarece que isso é um mito. O limão, por ser ácido, pode até irritar o esôfago em algumas pessoas, piorando a sensação de queimação. “As medidas mais eficazes são as relacionadas à alimentação e ao estilo de vida”, reforça.

Grávida pode tomar remédio para azia? 

A nutricionista Marina Turzi é cautelosa quanto ao uso de remédios e antiácidos. “É fundamental que qualquer medicação seja utilizada apenas com a aprovação e supervisão do médico que acompanha a gestação”, alerta. Em casos de azia severa e persistente, seu obstetra pode considerar a prescrição de medicamentos seguros para a gravidez. 

Se estas dicas foram úteis para você, que tal ajudar outras futuras mamães a encontrarem alívio também? Compartilhe este artigo em seus grupos e redes sociais.

Mariana Turzi
Nutrição Funcional e Comportamento Alimentar

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