Assim como afetam inúmeras mudanças na pele, nas unhas e até mesmo no humor, os grandes responsáveis pela tão comum queda de cabelo na gravidez são as famosas variações hormonais que caracterizam esse período.
De acordo com a Dra. Samanta Nunes, Dermatologista, “durante a gestação, geralmente os fios dos cabelos ficam mais grossos, mais fortes e crescem bem, devido ao boom de hormônios femininos, que prolongam a fase de crescimento dos fios, chamada de fase anágena”.
Ela completa, no entanto, que a ocorrência de doenças pré-existentes, como outras alopecias, pode potencializar a queda, por isso é importante realizar uma avaliação antes da gravidez para minimizar possíveis alterações resultantes das variações hormonais previstas na gestação e no pós-parto.
Cuidados básicos fazem a diferença
Durante a gravidez, as mulheres devem evitar o uso de produtos com substâncias que podem ser absorvidas pelo couro cabeludo e chegar ao sangue, como tinturas, alisamentos ou qualquer um que contenha amônia, formol e formaldeído em sua fórmula, pois são tóxicos para o bebê.
Por isso, para cuidar dos cabelos, a Dermatologista Samanta Nunes indica a lavagem com shampoo sem sulfato, adequado para o tipo de cabelo, e uma hidratação também de acordo com o tipo de cabelo – o que pode ser feito simplesmente com o condicionador ou uma máscara de hidratação mais potente. Na gestação, quanto menos produtos químicos, melhor.
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As mudanças pós-parto
Depois do parto, normalmente essas mudanças ficam mais evidentes.
“Isso porque acontece o que chamamos de eflúvio telógeno, uma queda fisiológica de cabelos comum entre o primeiro e o quinto mês e que pode variar de intensidade. Esse processo é natural, já que o organismo está se readaptando aos níveis normais. As quedas podem ser amenizadas com tratamentos indicados por um dermatologista, e inclui suplementos específicos para cabelos e unhas, e/ou loções capilares e até infiltrações capilares”, explica a Dermatologista Samanta Nunes.
Já os casos excepcionais podem ser mais intensos, durar por mais tempo ou ter efeitos permanentes. Para eles, é essencial o acompanhamento de um dermatologista, que vai indicar a melhor solução para amenizar os efeitos e acelerar o processo de recuperação.
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