A alimentação é nossa fonte de nutrientes e de tudo o que o corpo precisa para se desenvolver e se manter. Por isso, quando falamos em “dieta para engravidar”, a melhor receita ainda é a boa e velha conhecida combinação que garante uma alimentação equilibrada e um estilo de vida saudável.
“Quando um casal começa a planejar uma gravidez, deve tratar a dieta com o mesmo cuidado, já que o estado nutricional dos dois afeta diretamente a saúde dessa criança até a fase adulta”, explica a Nutricionista Renata Saffioti.
Seu prato = sua saúde
Seu corpo sempre será um reflexo da sua alimentação, não importa a fase da vida – e isso inclui tanto a preparação para gestar um bebê quanto a própria gravidez. Mas nesse momento tão delicado e complexo ao mesmo tempo, é necessário ter alguns cuidados a mais com a dieta, da origem dos alimentos aos suplementos.
De acordo com Renata, uma dieta equilibrada, e com a presença de boa suplementação, deve ser seguida tanto pela mulher que quer engravidar quanto por seu parceiro.
“Por exemplo, o zinco atua no sistema imunológico e o cálcio, na divisão celular”, explica. “Já nutrientes como ácido fólico, ômega 3 e vitamina B12 influenciam diretamente a formação do sistema nervoso do feto”, completa.
O estilo de vida também precisa de atenção no período “pré-concepção”: além da alimentação, a prática de exercícios, o sono de qualidade, a hidratação e até mesmo fatores que causem estresse precisam ser monitorados. A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que casais que queiram engravidar se mantenham abstêmios do álcool.
E qual o papel do sistema digestivo nessa história?
“É no intestino, durante o processo digestivo, que o corpo absorve os nutrientes”, detalha Renata. Por isso, probióticos e alimentos que ajudem o bom funcionamento desses órgãos são essenciais. Segundo a Médica Ginecologista e Obstetra Vania Carolina Pereira Stancka, “a microbiota intestinal, ou flora intestinal, sofre mudanças durante a gestação, então cuidar dela antes mesmo da gravidez, com uma dieta e o uso de probióticos, traz inúmeros benefícios para a mãe e o bebê”.
“Estudos recentes apontam que o uso de probióticos reduz a incidência de sensibilidades alimentares e atopias – pessoas com atopia têm maior predisposição a alergias como asma, rinite e dermatite atópica. Pesquisas também indicaram que o consumo de probióticos durante a gravidez aumentou o número de anticorpos (células de defesa) no leite materno, que são transmitidas ao bebê e ajudam a construir uma boa flora intestinal no recém-nascido”, explica Vania Carolina.
Coma melhor em 3, 2, 1!
O Ministério da Saúde do Brasil e a Universidade de São Paulo (USP) lançaram o “Guia Alimentar para a População Brasileira”, com 10 passos simples para uma alimentação mais saudável – e que pode ser seguido por todos:
1) Prefira sempre alimentos in natura (ou com o mínimo de processamento possível).
2) Gorduras, sal e açúcar sempre em pequenas quantidades.
3) Limite o consumo de alimentos processados, como extrato de tomate, frutas em caldas ou legumes em conserva.
4) Evite os alimentos ultraprocessados, como biscoitos recheados, salgadinhos “de pacote”, refrigerantes e macarrão “instantâneo”.
5) Coma regularmente e com atenção – para sentir sabores e texturas, além de mastigar com calma.
6) Quanto maior a variedade de alimentos in natura, melhor. Sempre dê preferência para alimentos orgânicos, mas não deixe de consumir alimentos crus mesmo que não forem orgânicos.
7) Desenvolva suas habilidades culinárias. Quem cozinha garante a qualidade dos alimentos que consome!
8) Comer bem é tarefa de todos: distribua as tarefas para todos da casa.
9) Quando a refeição é fora de casa, prefira pratos frescos, feitos na hora.
10) Seja crítica! Questione informações desencontradas ou “verdades absolutas” a respeito da alimentação.
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