Ela é uma velha conhecida de muitas mulheres. E não é à toa: de acordo com estimativas da Sociedade Brasileira de Nefrologia, a infecção urinária vai atingir a cerca de 50% delas em algum momento da vida, mas pode ser controlada com relativa simplicidade. Já quando falamos de uma infecção urinária na gravidez, o assunto muda de tom e pede cuidados extras, muitos exames e atenção redobrada para garantir a tranquilidade da mamãe e do bebê.
Isso porque existe uma queda normal de imunidade da gravidez, prejudicando a capacidade do organismo em combater a infecção. Quem faz o alerta é a Médica Ginecologista e Obstetra Klissia Pires Souza:
“Infecções urinárias na gestação nem sempre apresentam sintomas, mas podem trazer desfechos obstétricos desfavoráveis quando não tratadas”, afirma.
Estima-se que entre 17% e 20% das gestantes apresentam algum episódio de infecção do trato urinário (ITU), que acabam provocando um expressivo percentual de 60% dos partos prematuros.
De olho no xixi
Os principais sintomas da infecção urinária são:
● dor e/ou dificuldade para urinar;
● desejo miccional constante (aquela sensação de bexiga cheia, mesmo que tenha pouco xixi);
● saída de pequena quantidade de urina a cada micção;
● perda de urina (antes de conseguir chegar ao banheiro).
Mas a principal mudança do quadro durante a gravidez é que muitas vezes a mulher não percebe qualquer desses sinais.
“A gestante pode não ter nenhum sintoma, ou ter apenas sintomas inespecíficos, o que dificulta o diagnóstico. Por isso, durante o pré-natal são realizados exames de urina simples e urocultura com frequência para identificar a infecção. A gravidez é uma das poucas situações em que a infecção urinária assintomática deve ser tratada”, explica Klissia.
O tratamento requer antibióticos, mas apenas os que não apresentam riscos de danos para o feto, sempre prescritos pelo médico.
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Prevenir é o melhor remédio
A boa notícia é que as medidas para prevenir a infecção urinária são simples e bastante conhecidas entre as mulheres, e incluem:
● ingerir bastante líquido e fazer bastante xixi;
● evitar segurar a urina;
● cuidar da higiene da região genital;
● ir ao banheiro após todas as relações sexuais;
● utilizar calcinhas de tecidos respiráveis, principalmente algodão;
● e durante a gravidez, fazer exames de rastreio de rotina, mesmo se não houver sintomas.
Gostaria de saber o que é placentite e funiculite? Sofri um aborto as 21 semanas e 4 dias. Obrigada!
Olá Jaqueline,
Sentimos muito pela sua perda!
Nesse caso específico, é importante investigar a causa do seu aborto junto a um ou mais profissionais da saúde.
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