Muitas tentantes que estão no processo de investigação da fertilidade recebem um pedido de exame anti-Mülleriano, mas o que é esse hormônio pouco conhecido e o que ele diz sobre a fertilidade feminina?
Para tirar essas e outras dúvidas, conversamos com a Dra. Klissia Pires Souza, Ginecologista com atuação em reprodução assistida. Continue a leitura e fique por dentro de informações importantes sobre o exame anti-Mülleriano!
O que é o anti-Mülleriano?
“O anti-Mülleriano é um hormônio produzido nos ovários, responsável por regular o crescimento e desenvolvimento dos folículos”, explica a Dra. Klissia.
“Na prática clínica, o hormônio anti-Mülleriano é considerado um importante marcador da reserva ovariana, assim como a contagem de folículos antrais realizada por ultrassonografia transvaginal no início do ciclo menstrual”, explica.
Para que serve o exame anti-Mülleriano?
Esse exame costuma ser solicitado para investigar o tempo de vida reprodutiva de algumas mulheres que desejam engravidar.
“A previsão da reserva ovariana é de queda até o completo esgotamento da população folicular, pois a mulher não produz óvulos novos. Aos poucos, ela vai perdendo o estoque que foi formado no período embrionário, ainda na fase de vida intrauterina”, explica a ginecologista.
De acordo com a médica, o exame é solicitado para tentantes que possuem um dos seguintes fatores de risco para baixa reserva ovariana:
– história familiar de insuficiência ovariana prematura;
– história de cirurgia ovariana;
– endometriose;
– disfunção tireoidiana;
– doenças autoimunes;
– tabagismo;
– pré e pós-tratamento quimioterápico para câncer;
– pacientes com infertilidade sem causa aparente;
– pacientes com má resposta na estimulação ovariana;
– pacientes que optam por engravidar após os 35 anos.
O que acontece quando o exame anti-Mülleriano dá um resultado baixo?
Nesses casos, a Dra. Klissia tranquiliza: é totalmente possível que uma mulher com resultado baixo no exame anti-Mülleriano engravide naturalmente.
“É importante ressaltar que o nível baixo de anti-Mülleriano serve de alerta para o tempo de vida reprodutiva reduzido, não se correlacionando com infertilidade. Enquanto a mulher não entra na menopausa, existe chance de gravidez espontânea”, explica.
É possível aumentar o resultado do anti-Mülleriano?
A médica explica que não, já que ele apenas reflete a reserva ovariana da mulher, que é formada antes mesmo de ela nascer e vai diminuindo aos poucos até a menopausa.
Em alguns casos, porém, é possível verificar uma pequena variação entre exames — especialmente em mulheres que fazem uso de terapia hormonal, como os anticoncepcionais.
“Acredita-se que esses tratamentos reduzem em torno de 20% o valor do hormônio anti-Mülleriano e que o hormônio retorna aos níveis normais após a suspensão do tratamento”, explica.
Agora que você já sabe o que é e para que serve o exame anti-Mülleriano, compartilhe este artigo com outras pessoas interessadas no assunto!
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