Medidas de prevenção
Segundo o dicionário, vacina é qualquer substância que contém agentes patológicos – mortos ou atenuados – e provoca a formação de anticorpos e o desenvolvimento de imunidade às doenças depois de introduzida no organismo. Cuidar das vacinas na gravidez é garantir proteção para mãe e bebê, evitando a exposição desnecessária a enfermidades que são facilmente controladas pelo método.
“Tomamos as vacinas para fazer a prevenção. Manter a imunização atualizada é evitar uma doença mais séria nesse período tão importante e particular que é a gestação, e também garantir que o bebê receberá anticorpos para se proteger através da amamentação, por exemplo”.
Explica a Ginecologista e Obstetra Cristiane Colombo. Por isso é tão importante resgatar a carteira de vacinação da infância – e que deveria mostrar que a imunização foi feita corretamente até a vida adulta.
Dose extra de proteção
Antes de se preocupar com as doses pensadas para a gravidez, é preciso responder à pergunta: sua carteira de vacinação está correta? Se você não sabe dizer, provavelmente vai precisar de mais doses.
Mesmo que não esteja grávida (ainda), se você desconfia que está com alguma imunização atrasada, pode levar sua carteira de vacinação da infância a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para receber todas as doses de acordo com o calendário. A vacinação é gratuita e a lista de locais onde é disponibilizada pode ser conferida aqui.
Confira a recomendação do Ministério da Saúde, que disponibiliza todas essas vacinas gratuitamente por meio do SUS.
Quais vacinas as gestantes não devem tomar?
Vale destacar que, mesmo com toda a importância para a saúde, algumas vacinas não são recomendadas para mulheres grávidas.
“Por utilizarem o vírus ativo, mesmo que mais fraco, elas podem realmente causar a doença, e essa é uma situação a ser evitada durante a gravidez”, alerta Cristiane.
Entram nesta lista a Tríplice Viral (que combate sarampo, caxumba e rubéola), varicela, febre amarela e BCG (contra tuberculose). As exceções são feitas apenas em casos em que o risco de contrair a doença é maior do que o da reação à vacina. Por isso é fundamental garantir o acompanhamento médico durante todo o pré-natal.
Entre as vacinas obrigatórias para proteger mamães e seus bebês, a DTPA deve ser aplicada o quanto antes, a partir da 20ª semana de gestação. Já as imunizações para hepatite B e gripe, a partir do segundo trimestre, quando diminuem as chances de aborto espontâneo.
Poderiam atualizar a respeito da vacinação referente a Covid 19? Quais seriam os riscos que poderiam estar relacionados?
Oi Cláudia. Infelizmente ainda não temos estudos conclusivos sobre os riscos da vacinação contra a Covid 19 na gestação. O ideal é que cada paciente converse com o seu médico e juntos definam o que é melhor para cada caso. Um abraço!