Sim, com certeza, grávida pode viajar de avião! É necessário, porém, tomar cuidado com alguns pontos. Neste artigo, conversamos com a Dra Carolina Medaglia, ginecologista e obstetra, que explica melhor o assunto.
“Não há evidências de que mudanças na pressão e umidade do ar tenham algum efeito nocivo na gestante ou no bebê, ou de que um voo aumente a chance de aborto, parto prematuro ou ruptura da bolsa. Se a gravidez não é de risco, a mulher pode sofrer os mesmos incômodos das não grávidas, como náuseas, inchaço, congestão nasal e dor no ouvido”, ela diz.
Como em voos longos, geralmente é necessário passar muitas horas sentada, a Dra Carolina alerta:
Existe sim a possibilidade de desenvolvimento de trombose venosa devido à posição sentada por tempo prolongado, com maior risco para pacientes com sobrepeso e trombose anterior, mas a avaliação final deve ser do profissional que acompanha a gestação”.
Planejando as viagens de acordo com as semanas de gestação
As companhias aéreas, em sua maioria, aceitam passageiras grávidas até a 32ª semana, mas a partir da 28ª já é necessário possuir um atestado médico autorizando a viagem. Como não existe uma regulamentação a respeito do tema, é importante checar com a empresa quais são as regras para a viagem de gestantes.
Antes de viajar, também é importante conversar com o obstetra, como afirma Carolina.
“Não se deve viajar caso a gestante esteja passando por situações que caracterizem eminência de trabalho de parto como contrações, perda de líquido ou sangramento, além de anemia grave ou qualquer condição que afete os pulmões ou o coração, tornando a respiração difícil.”
Decolagem autorizada
Uma vez liberada pelo médico, a gestante precisa tomar alguns cuidados para amenizar os efeitos do voo no corpo:
● viagens de até 4 horas horas:
pouco provável que sejam necessárias medidas especiais;
● viagens de mais de 4 horas:
assento no corredor, caminhadas, esporádicas pela aeronave para ajudar a circulação de sangue pelas pernas, meias elásticas para reduzir o risco de trombose;
● dê preferência para voos diretos e mais curtos: quanto maior o tempo de duração maior o desconforto;
● use sempre roupas e sapatos confortáveis;
● mexa os pés em círculos e para frente e trás;
“Mulheres que voam frequentemente a trabalho devem procurar aconselhamento na medicina do trabalho de suas empresas para decidir se há necessidade de mudança de função”, reflete Carolina.
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