Depois de descobrir-se grávida, uma das primeiras coisas que toda mulher se pergunta é: quando vou começar a sentir meu bebê mexer na barriga?
Mas você sabia que essa movimentação está diretamente ligada ao desenvolvimento do sistema nervoso, dos músculos ou até mesmo do sistema respiratório? Das espreguiçadas aos “soluços”, essa comunicação é uma espécie de relatório, durante todas as semanas de gestação, do que está acontecendo com seu bebê em formação. Se você está ansiosa para sentir seu bebê mexer na barriga, saiba mais sobre o assunto a seguir!
Dança do líquido amniótico
Segundo a Médica Ginecologista e Obstetra Vania Carolina, essa “dança” começa por volta da 8ª semana de gestação, mas só é sentida perto da 20ª semana. E no caso de uma segunda gravidez, a percepção pode antecipar-se um pouco, por volta das 18 semanas. “No início, os movimentos podem ser confundidos com gases, pois parecem bolhas tremulando, mas com o avançar da gravidez os movimentos se tornam mais perceptíveis. Já perto das 25 semanas, os movimentos são bastante frequentes, até mais do que na reta final da gravidez”, detalha.
No barato do açúcar
Muitas gestantes relatam um aumento na movimentação do bebê após as refeições, principalmente quando acompanhada de uma sobremesa. Esse pico é um sinal que deve servir para acompanhar o bebê.
“Se a gestante fica muitas horas seguidas sem se alimentar, o bebê passa a ficar mais quieto por falta de energia. Por isso, é importante evitar grandes intervalos entre as refeições, tentando se alimentar a cada 3 horas”, explica.
Os picos de movimentos após as refeições são causados pela glicose que passa da mãe para o bebê, “como se o bebê estivesse mais feliz ainda com toda essa energia extra”, completa a Obstetra.
De olho na movimentação
Com o avançar da gestação, cresce o número de pessoas que querem sentir o bebê se mexer na barriga da mãe: pai, avós, tios, amigos. E por isso existem dicas para aproveitar ao máximo esse momento de “comunicação”, incluindo horários e posições que aumentam a sensibilidade.
“Cerca de 20 minutos depois de qualquer refeição o bebê já recebe os nutrientes que a mãe ingeriu, então tende a se movimentar um pouco mais. Deitar para o lado esquerdo e colocar as mãos na barriga também evidenciam essa movimentação”, indica a Ginecologista.
Mas, da mesma forma que bebês agitados chamam a atenção, a “tranquilidade” também deve ser observada.
“Existem períodos de sono do bebê, quando os movimentos fetais são menores. Mas se a frequência dos movimentos diminuir muito, é preciso observar. Menos de 10 movimentações em 2 horas ou ausência de movimentos em 6 horas indicam que a mãe deve procurar ajuda médica”, pondera.
Para que a mulher perceba a movimentação de seu bebê, é fundamental que ela tenha momentos tranquilos, em que só está prestando atenção na barriga. Além de uma forma de conectar a criança à mãe, essa prática ajuda a compreender o ritmo do bebê.
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