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É normal ter sangramento na gravidez? Ginecologista explica.

Os sangramentos podem acontecer por diversos fatores e nem sempre são preocupantes, mas sempre precisam de acompanhamento médico. Entenda as causas e saiba quando se preocupar

Sangramento na Gravidez

Os sangramentos na gravidez nem sempre indicam um problema grave, mas funcionam como um sinal de alerta do corpo, convidando a gestante a buscar orientação e cuidado médico especializado. 

Entender as causas e as características do fluxo ajuda a reduzir a ansiedade e a tomar os devidos cuidados no tempo certo. A seguir, Dra. Cynthia Falbo, ginecologista e obstetra, nos ajuda a esclarecer as dúvidas sobre o tema.

Sangramento no início da gravidez: o que significa? 

De acordo com a Dra. Cynthia, no primeiro trimestre os sangramentos são mais comuns, acometendo até 20% das mulheres. Nesse período, qualquer sinal é tratado como ameaça de abortamento, embora nem sempre seja o caso.

“Inclusive, muitas mulheres acham que estão menstruando e, na verdade, estão tendo um aborto precoce. Qualquer sangramento vaginal atípico, de padrão e período diferentes do habitual, portanto, é suspeito”, orienta.

Segundo ela, a principal causa costuma ser a nidação, ou seja, a fixação do embrião na parede uterina, que ocorre cerca de duas semanas após a fecundação. O sangramento pode ser discreto, com sangue marrom e não acompanhado de dor. As infecções vaginais, ectopias (popularmente conhecidas como “feridas” no colo uterino) e o rompimento de pequenos vasos durante a atividade sexual também podem desencadear o problema.

Nessa fase, a obstetra também alerta para o sangramento como sinal de gravidez ectópica, quando o embrião se fixa fora do útero, geralmente nas trompas. Ele pode vir acompanhado de dor abdominal e se manifesta até 8 ou 9 semanas de gravidez, podendo evoluir para um choque hemorrágico se a trompa se romper total ou parcialmente. 

Tipos de sangramento na gravidez: quando é fisiológico e quando é sinal de risco?

A presença de sangue na cor rósea, vermelho-escuro ou marrom, em pequena quantidade, geralmente não é preocupante e pode ser apenas observada, pois indica um sangramento que o corpo conseguiu estancar.

A presença de sangue vermelho-vivo, em maior volume, que escorre pelas pernas e vem acompanhado de dor, no entanto, deve sempre ser avaliado por um especialista.

É normal sangramento com cólica na gravidez?

Segundo a Dra. Cynthia, pequenos sangramentos podem irritar a parede uterina e desencadear uma sensação de cólica suave. Cólicas leves fazem parte do dia a dia de muitas gestantes por diversos fatores:

  • Distensão das fibras musculares uterinas pelo aumento do volume do útero;
  • Acúmulo de gases e o trânsito intestinal mais lento;
  • Modificação da anatomia intra-abdominal (à medida que o útero cresce, empurra os demais órgãos).
  • Nos últimos meses de gestação, por volta da 31ª ou 32ª semana, ainda entram em cena as contrações de treinamento, que se manifestam como cólicas passageiras.

Quando o sangramento é discreto e as cólicas são leves e esporádicas, geralmente não há motivo para alarme: basta continuar o acompanhamento pré-natal e informar ao seu médico sobre qualquer alteração no padrão ou na intensidade desse desconforto.

Sangramento na gravidez após relação sexual: por que acontece?

A Dra. Cynthia aponta três causas prováveis:

  • Rompimento de pequenos vasos do colo uterino: como eles estão mais dilatados por conta da gestação, a atividade sexual mais vigorosa ou intensa com penetração pode desencadear sangramentos ativos ou mais discretos.
  • Mulheres com quadro de cervicite (infecção do colo) ou vaginite (infecção vaginal): têm mais predisposição ao sangramento, já que seus vasos estarão ainda mais exuberantes por causa da infecção. 
  • Colos uterinos que têm áreas não cicatrizadas: também podem levar a esta manifestação, com intensidade variável, mas não acompanhados de dor importante.

Em caso de sangramento persistente ou volumoso, a primeira conduta é evitar penetração e estímulos vaginais até liberação médica. Esse cuidado facilita a cicatrização das áreas irritadas e previne novas irritações, além de permitir o tratamento correto quando houver infecções.

Que exames podem ser realizados para investigar a causa dos sangramentos?

No primeiro trimestre, sangramentos de maior volume são sempre avaliados pela combinação de exame físico associado ao ultrassom, que pode ser transvaginal ou abdominal.

“Algumas vezes, o médico pode indicar a medição dos níveis de Beta-hCG em momentos diferentes (por exemplo, com intervalo de 48 horas) para identificar uma possível gestação inviável, muito precoce ou ectópica”, explica a médica.

No segundo e terceiro trimestres, o exame físico e ultrassom podem identificar condições da gestação e da placenta, bem como a presença de lagos venosos, pequenos bolsões de sangue materno na placenta vistos no ultrassom, geralmente sem significado clínico grave. 

Sangramentos mais intensos ou com áreas de descolamento da placenta devem ser monitorados por exame de imagem, a fim de acompanhar o bem-estar fetal.

Como reduzir o risco de complicações?

“A depender da causa, podemos lançar mão de progesterona via oral ou vaginal para promover um relaxamento do útero e reduzir as taxas de sangramento vaginal. Mediante sangramentos significativos, costumamos solicitar ao casal a abstinência sexual e o repouso relativo da paciente por algum período”, orienta a Obstetra, lembrando que o repouso só deve ser feito se recomendado pelo médico, já que a atividade física é uma opção saudável e indicada na gestação.

Sangramentos podem ocorrer após esforço físico ou estresse?

Sim. Tanto a tensão emocional quanto a atividade física intensa podem elevar ligeiramente a pressão arterial e aumentar as contrações uterinas, o que, por sua vez, pode romper pequenos vasos ou causar discreto descolamento placentário e alterações no colo. 

“O risco existe mediante sangramento e dor consideráveis. Se o quadro for leve, vale a pena reduzir a exposição a fatores estressantes e diminuir a intensidade do esforço físico para observar”, recomenda a Dra. Cynthia.

Para uma gestação mais tranquila, converse com a equipe que te acompanha, anote suas dúvidas para poder discuti-las na consulta pré-natal e busque informação em fontes confiáveis. Sempre que não se sentir segura, procure avaliação médica.

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Dra Cynthia Falbo
Médica ginecologista e obstetra, apaixonada pelo universo feminino. Trabalha com partos humanizados, pré-natal de alto e baixo risco, ginecologia geral e regenerativa. Atua em Louveira (SP).

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