O parto humanizado tem ganhado força no mundo da maternidade, especialmente na voz de celebridades que optam por esse tipo de abordagem quando engravidam.
De acordo com a Obstetra e Ginecologista Karina Cavalcanti, o termo “humanizado” está diretamente relacionado ao tipo de assistência que é prestada a essa mulher e não à forma de parto propriamente dito.
“Apesar de haver muitas denominações, só existem dois tipos de parto, ou seja, dois caminhos de saída do bebê: através do parto normal, vaginal, pela vagina da mulher, ou por meio da cirurgia cesariana. O que diferencia cada parto são as práticas mais intervencionistas ou menos intervencionistas que podem acontecer”, completa.
Por que parto humanizado?
Karina explica que o termo “humanizado” foi inspirado dentro da própria área médica e costuma ser usado em várias especialidades, não só na obstetrícia.
“Humanizar é acolher o paciente nas suas dúvidas, nos seus questionamentos, e só intervir quando for realmente necessário. Por isso o termo é usado na oncologia, no tratamento de pacientes terminais, na cirurgia, etc. Em uma abordagem humanizada, o médico fica mais próximo de cada mulher, ouve mais suas dúvidas e necessidades e, assim, consegue entender melhor os seus desejos e anseios. Esse processo ocorre durante todo o pré-natal e, principalmente, no trabalho de parto e na hora do bebê nascer”, esclarece a médica.
Um resgate
“Em termos históricos, podemos dizer que, há muito pouco tempo, a grande maioria dos partos acontecia em casa. Depois, eles foram se transferindo para o hospital e acabaram se transformando em algo mais mecânico. Nos últimos anos, a gente tem tentado resgatar o acolhimento dessa mulher, para que tudo aconteça como se ela estivesse em casa”, relata a Obstetra.
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