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O que é gravidez ectópica? Entenda causas, sintomas e tratamento

Tire suas principais dúvidas sobre o assunto com a Ginecologista e Obstetra Dra. Daniele Gattás.

 O que é gravidez ectópica ou “gravidez nas trompas”?

A gravidez ectópica ocorre quando a implantação e o desenvolvimento do óvulo fecundado acontecem fora da grande cavidade uterina, geralmente nas trompas de falópio, por isso o termo popular “gravidez nas trompas”.

“Em 5 a 10% dos casos, o fenômeno também pode ocorrer nos ovários, na cavidade abdominal ou mesmo em um local inadequado dentro no próprio útero, como no corno uterino, no colo do útero ou na cicatriz de uma cesárea”, explica a Dra. Daniele.

Como não são situações adequadas para o desenvolvimento do bebê, a gestação representa um risco de complicações graves para a mulher, como ruptura das trompas e hemorragia interna. 

É possível levar uma gravidez ectópica até o fim?

Infelizmente, em praticamente todos os casos, a gravidez ectópica precisa ser interrompida

“Existem relatos de literatura de gestação ectópica abdominal em que o bebê se desenvolve dentro da cavidade abdominal, mas são exceções muito raras. Na grande maioria das vezes, essa gestação não tem futuro”, alerta a ginecologista.

Segundo ela, nesse cenário, em algum momento o saco gestacional se romperá e a mulher correrá risco de morte. Por isso, o tratamento é essencial para preservar a saúde e a vida da paciente.

O que causa gravidez ectópica? 

De acordo com a Dra. Daniele, têm mais chances de desenvolver gestação ectópica mulheres que:

  • já tiveram uma gravidez ectópica;
  • passaram por cirurgia tubária (por exemplo, pacientes que tentam fazer a recanalização das trompas após laqueadura);
  • apresentam problemas de fertilidade e necessitam de FIV (Fertilização in Vitro);
  • têm histórico de doença inflamatória pélvica ou têm endometriose (cicatrizes dificultam a movimentação do embrião);
  • são usuárias de DIU (em casos raríssimos, há um risco maior de implantação fora do útero);
  • fizeram uso de pílula do dia seguinte;
  • nasceram com malformações congênitas ou anomalias que dificultam o transporte do embrião;
  • são fumantes (o cigarro pode afetar a função das trompas de falópio).

Gravidez ectópica: quais os sintomas?

A Dra. Daniele explica que, no início, a gravidez ectópica pode ser silenciosa ou apresentar sinais sutis, confundindo-se com uma gravidez normal ou até com cólicas menstruais.

Então, o saco gestacional começa a crescer até o momento em que a trompa se rompe, quando se manifestam os sinais clínicos mais intensos, como uma dor pélvica lancinante e uma cólica mais forte, como se fosse de abortamento.

Junto com a trompa, são rompidos também vasos sanguíneos, um quadro que pode levar a outros sintomas graves. Quando esse sangue vai para a cavidade abdominal, a dor que era apenas pélvica se torna generalizada e tão forte a ponto de causar náuseas e vômitos.

Outros sintomas causados pelo sangramento interno incluem palidez, aumento na frequência cardíaca e uma dor na escápula “a distância”, devido à irritação do nervo frênico.

Até o rompimento da trompa, quais são os sinais de uma gravidez ectópica?

Quando a trompa ainda não rompeu, os sinais mais comuns são:

  • Dor leve a moderada em um dos lados do abdômen ou da pelve, que pode piorar progressivamente.
  • Sangramento vaginal escuro e irregular, que não segue o padrão da menstruação.
  • Sensação de peso na pelve ou desconforto abdominal.
  • Beta-hCG com níveis alterados (crescimento mais lento do que o esperado para uma gravidez normal).

Gravidez ectópica: como descobrir?

Se houver suspeita, o ideal é fazer um exame de sangue para medir os níveis do hormônio Beta-hCG e realizar um ultrassom para confirmar a localização da gestação.

A gravidez ectópica não aparece no exame de sangue, pois os níveis de Beta-hCG isoladamente não são suficientes para fechar um diagnóstico.

A gravidez ectópica aparece no ultrassom com quanto tempo?

A gravidez ectópica pode ser identificada por meio de ultrassonografia transvaginal geralmente entre a 5ª e a 6ª semana de gestação.

Nessa fase, espera-se que o nível sérico de beta-hCG esteja acima de 1.500 a 2.000 mUI/mL, o que permitiria a visualização de um saco gestacional intrauterino em uma gravidez normal. A ausência desse saco no útero, associada a níveis elevados de beta-hCG, sugere a possibilidade de uma gravidez ectópica.

Nos casos em que a ultrassonografia não é conclusiva e os níveis de beta-hCG estão abaixo da zona discriminatória, pode ser necessário repetir os exames após alguns dias para confirmar o diagnóstico.

Na gravidez ectópica o bebê mexe?

Não. A gestação geralmente é interrompida nas primeiras semanas, antes que o feto possa se formar completamente e apresentar movimentos perceptíveis.

Na gravidez ectópica a barriga cresce normalmente?

Como a gestação não ocorre dentro do útero, o crescimento da barriga não segue o padrão esperado. Em alguns casos, pode haver um aumento da região abdominal devido ao crescimento do saco gestacional ou ao acúmulo de líquido e sangue na cavidade pélvica.

Qual é o tratamento para gravidez ectópica?

O tratamento pode ser conservador, que é o tratamento medicamentoso, ou cirúrgico, por meio de uma laparotomia ou por uma videolaparoscopia. Tudo vai depender da avaliação médica da paciente, sempre colocando a vida da mulher em primeiro lugar”, explica a Dra. Daniele.

A indicação de tratamento depende de vários fatores, como o tamanho do embrião, o estado da paciente, a experiência do serviço de saúde em que ela é atendida e o desejo reprodutivo da mulher.

Quem teve gravidez ectópica corre o risco de ter de novo?

Sim. Isso acontece porque as condições que levaram à primeira gravidez ectópica, como cicatrizes nas trompas, inflamações ou alterações anatômicas, podem continuar presentes.

Quem teve gravidez ectópica pode engravidar novamente?

Normalmente, sim, segundo a médica. “Se, na cirurgia, foi necessário retirar uma das trompas, ela ainda é capaz de engravidar pela outra trompa. Se ela tiver de retirar a outra trompa devido a uma nova gravidez ectópica, ela ainda pode engravidar por meio de Fertilização in Vitro (FIV).

Caso a paciente tenha realizado o tratamento medicamentoso, é importante verificar o estado das trompas por meio de uma histerossalpingografia antes de tentar engravidar novamente.

Foi diagnosticada com uma gravidez ectópica? 

Temos uma mensagem de esperança para você. E ela vem por meio da história de superação da influenciadora Erica Santos, que conta no vídeo abaixo como engravidou naturalmente mesmo com as duas trompas obstruídas. Confira:

Vale destacar que o diagnóstico e o tratamento rápido são cruciais para preservar a saúde da mãe que tenha desenvolvido uma gravidez ectópica. Por isso, compartilhe este artigo em sua rede e ajude a conscientizar mais pessoas para os sintomas dessa gestação.

Referências:

Campanha K, Santos RCN, Souza BT, Dutra JCT, Pin LDN, Filgueiras KCG, Neto EAC, Santos RN, Giacomin A. GRAVIDEZ ECTÓPICA: UMA ABORDAGEM ABRANGENTE SOBRE SEU DIAGNOSTICO, SINTOMAS E TRATAMENTO. Braz. J. Implantol. Health Sci. [Internet]. 2º de agosto de 2024 [citado 1º de abril de 2025];6(8):120-9. Disponível em: https://bjihs.emnuvens.com.br/bjihs/article/view/2784

Elito Junior J, Montenegro NMM, Soares RCS, Camano L. Gravidez ectópica não rota: diagnóstico e tratamento. Situação atual [Internet]. Rev Bras Ginecol Obstet; 2022 [citado 2025 Abr 01]. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbgo/a/fmwQT9vYQHJfnP6FrLbNfkp/

Nascimento RB, Angel DJ. Fatores de risco e sintomatologia associados a gestação ectópica [Internet]. Brazilian Journal of Health Review. 2023 [citado 2025 Abr 01];6(6):29105–29118. doi:10.34119/bjhrv6n6-197. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/download/64997/46543/159012

Dra. Daniele Gattás
Dra. Daniele Gattás é Obstetra e Ginecologista com residência no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), onde realizou mestrado e doutorado em Saúde Materno Infantil. É Professora Adjunta de Obstetrícia na Universidade Federal de Pernambuco.

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