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Anemia na gravidez é normal?

Entenda quais são os sintomas e descubra como prevenir e tratar a doença.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), quando a gestante tem uma concentração de hemoglobina igual a ou abaixo de 11 g/dL1, ela apresenta um quadro de anemia na gravidez. Bastante comum, a doença tem uma taxa de prevalência de 40% entre as gestantes, dos quais 50% são causadas pela carência de ferro

Ao analisar esses dados, nos perguntamos: ter anemia na gravidez é normal? Quais são as causas e como tratar a doença? 

Para responder essa e outras dúvidas sobre o assunto, conversamos com a ginecologista e obstetra Dra. Anne Caroline Andrade. Continue a leitura!

Hemoglobina baixa nem sempre é anemia ferropriva

Segundo a Dra. Anne Caroline Andrade, o exame de hemoglobina e/ou hematócrito é o primeiro passo para pesquisar a anemia na gestante. São necessários, porém, exames complementares para determinar a sua causa, já que nem sempre a anemia é ferropriva.

“A análise da ferritina e do IST (índice de saturação de transferrina) funciona como coadjuvante para o diagnóstico de carência de ferro. Não podemos esquecer que a anemia na gestação também pode ser causada por deficiência de vitamina B12 e/ou de folato”, explica a médica.

Quais são os sintomas da anemia na gravidez?

A médica explica que, quando a grávida apresenta sintomas, os mais comuns são:

– palidez na pele e nas mucosas (olhos e na boca);

– astenia, ou seja, perda de força física;

– cansaço fácil;

– sopro sistólico suave, percebido por meio de ausculta do coração.

“Geralmente, os sintomas só começam a se manifestar em quadros de anemias graves”, ressalta a médica. Por isso, normalmente a grávida descobre que está com a doença ao realizar os exames pré-natais.

Anemia na gravidez prejudica o bebê?

De acordo com a médica, a anemia ferropriva prejudica um dos papéis mais importantes do ferro na gravidez, que é o transporte de oxigênio. Isso pode levar a uma hipóxia (ou sofrimento) fetal. “O bebê pode ter restrição de crescimento intrauterino e isso pode levar a um trabalho de parto prematuro, além de um aumento no risco de natimortalidade por prematuridade”, explica a Dra. Anne.

Os prejuízos da anemia materna podem ser percebidos muito depois do nascimento do bebê. “Ela pode gerar dano permanente ao cérebro e afetar de forma negativa a inteligência, as habilidades cognitivas e o comportamento durante a infância e a idade adulta”, alerta a médica.

Anemia na gravidez: quais são as complicações para a mãe

Segundo a obstetra, uma gestante anêmica “fica mais suscetível a infecções, tempo de internação prolongado e lenta recuperação no pós-parto”, diz. Os prejuízos também são percebidos no dia a dia da gestante.

“A anemia está associada à diminuição das habilidades físicas, à instabilidade emocional, ao estresse e à redução dos níveis cognitivos quando testados”, elenca a Dra. Anne.


Como a perda de sangue durante o parto é normal, gestantes com anemia grave têm risco de sérias complicações. “O sangramento do parto pode determinar insuficiência cardíaca congestiva e levar até ao óbito materno”, alerta a médica.

Por isso, toda gestante diagnosticada com anemia deve iniciar o tratamento o mais rápido possível.

Como tratar a anemia na gravidez?

De acordo com a obstetra, o tratamento varia de acordo com a gravidade da anemia. Para casos leves e moderados, a suplementação de ferro é a forma mais indicada, com dosagem prescrita pelo médico que acompanha a gestante. 

“Hoje já existem formas de ferro disponíveis no mercado, como o ferro lipossomal, que não causam tanta intolerância gástrica e possuem melhor tomada posológica, o que acaba gerando maior adesão ao tratamento”, informa a médica.

“Em anemias moderadas, podemos considerar o uso de ferro endovenoso. As transfusões de sangue estão indicadas somente quando ocorrem perdas sanguíneas agudas ou quando a anemia é grave”, explica.

Como evitar anemia na gestação?

Existem duas formas eficazes de evitar e prevenir a anemia na gestação: por meio da dieta rica em ferro e da suplementação.

“Incentivamos uma dieta com alimentos ricos em ferro, como fígado, rins e vegetais verdes-escuros, por exemplo brócolis. Importante lembrar que alimentos ricos em leite atrapalham a absorção do ferro, enquanto fontes de vitamina C auxiliam na absorção do nutriente”, orienta. Por isso, uma dica é adicionar limão no tempero de saladas ou na comida.

Já a suplementação do ferro costuma ser diária e deve ser indicada pelo obstetra a partir do estado de saúde da paciente e dos exames pré-natais

Neste artigo, trouxemos a importância de evitar hemoglobina baixa na gravidez e tiramos as principais dúvidas sobre anemia na gestação. Agora, aproveite para compartilhar essas informações com outras gestantes!


Ter uma boa alimentação é extremamente importante para uma gestação saudável. Por isso, assista ao vídeo abaixo da nutricionista Flávia Rodrigues sobre os principais nutrientes para a gravidez e onde você pode encontrá-los:

Dra. Anne Caroline dos Santos Andrade
Formada em Medicina pela Universidade José do Rosário Velano (Unifenas) Belo Horizonte com residência médica em ginecologia e obstetrícia pelo Hospital Júlia Kubitschek (FHEMIG). Possui pós-graduação em ultrassom em ginecologia e obstetrícia, e especialização em medicina fetal.

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