Tem vontade de fazer um parto normal, mas ainda tem dúvidas se essa é a melhor opção para você? Esta é uma situação muito comum, principalmente para as mães de primeira viagem.
Para se sentir mais segura, nada melhor do que se munir de informações confiáveis de quem tem experiência no assunto. Por isso, falamos com a Ginecologista e Obstetra dra. Ligia Santos, que tira as principais dúvidas sobre parto normal. Confira!
Parto normal ou cesárea?
No início da gestação, é muito comum as gestantes ficarem em dúvida em relação à via de parto que terão de encarar. “É importante lembrar que o corpo da mulher foi programado para, em condições normais, ter um parto normal”, ressalta.
O medo da dor, no entanto, e a imprevisibilidade dessa via de parto fazem com que muitas optem por uma cesárea eletiva, que é aquela feita por escolha da mãe.
De acordo com a médica, o mais indicado é esperar o trabalho de parto iniciar naturalmente e avaliar as condições da mãe e do bebê durante o processo.
“No decorrer do parto, são feitos exames periodicamente para avaliar as condições da mãe e do bebê e tudo é observado. Caso identifique que não há possibilidade de ter um parto normal, aí, sim, será indicada uma cesárea de urgência”, relata a Médica.
Ao contrário do que muitos dizem, a médica destaca que a cesariana acarreta mais riscos do que o parto normal. “Cesariana aumenta a chance de infecções, de hemorragia e de trombose quando comparado ao parto normal. Ela foi criada para salvar vidas, mas deveria ser excepcional”, alerta a dra. Ligia.
Vale destacar ainda que, em alguns casos, as indicações para uma cesariana podem ser identificadas já durante o pré-natal, quando há o diagnóstico de placenta prévia, por exemplo.
Como é o parto normal
Mas como funciona o parto normal e quais são as suas etapas? A médica resume cada uma delas a seguir:
Período de latência: é um aviso que o trabalho de parto está próximo. “As contrações aparecem sem ritmo e irregulares, mas isso faz com que ocorra um certo apagamento do colo e, em alguns casos, com que saia o tampão mucoso“, descreve.
Fase de dilatação: “Começa com contrações rítmicas e dolorosas e o apagamento do colo associado. Essa fase vai desde o começo, em que não tem dilatação, até o apagamento completo do colo com cerca de 10 centímetros de dilatação”, conta.
Fase expulsiva: “É quando o bebê vai ser conduzido pelo canal do parto até o nascimento. As contrações ficam mais fortes e mais curtas e vão empurrando o bebê gradativamente em direção ao períneo”, diz a Médica.
Dequitação placentária: ocorre após o nascimento do bebê. “As contrações ainda vão acontecer de uma forma muito menos intensa, e a placenta vai naturalmente se descolar do útero e ser expulsa”, finaliza a dra. Ligia.
Clique para saber mais sobre os sinais de trabalho e o que acontece em cada etapa.
Como ter um parto normal com menos dor?
Segundo a dra. Lígia, existem métodos naturais e farmacológicos para o alívio da dor durante o parto. É nos farmacológicos que se encaixa o parto normal com analgesia. “Inclusive em hospitais públicos é possível ter anestesia”, informa.
Se a gestante deseja um parto natural, ela pode fazer uso de outras práticas que auxiliam no alívio da dor. A Ginecologista dá dicas do que fazer durante o parto:
- Tomar banho durante as contrações.
- Receber massagens.
- Fazer uso de recursos terapêuticos como acupuntura, aromaterapia e cromoterapia.
Ela ressalta que a preparação durante a gravidez também faz toda a diferença na forma como a gestante irá vivenciar as dores do processo. “Fazer atividades físicas, ioga, mindfulness, tudo isso facilita e melhora a questão da dor”, conta.
Para que tudo corra de forma mais tranquila, todas essas condutas e desejos da mãe devem estar descritos em um plano de parto entregue com antecedência na instituição em que ele será realizado.
O que fazer para ter parto normal rápido?
A principal dica é manter o trabalho de parto ativo por meio do movimento. “Só de não ficar deitada, já é possível adiantar um pouco o trabalho de parto. Caminhar e se movimentar ajudam nessa hora”, conta.
Assim como para o alívio da dor, em alguns casos são realizadas intervenções para acelerar o parto, quando necessário. Isso envolve o uso de fármacos como a ocitocina ou mesmo o rompimento da bolsa artificialmente. São procedimentos mais invasivos e apenas utilizados quando há indicação médica.
O mais importante, no fim das contas, é o preparo emocional para vivenciar essa experiência. “É muito importante a mulher entender que é um processo muitas vezes doloroso, desconfortável e demorado, e o estado emocional conta muito para que seja mais ou menos traumático ou prazeroso”, ressalta.
E o parto normal induzido?
O parto normal induzido pode ser uma escolha para mulheres que precisam iniciar o parto de forma artificial e não queiram se submeter a uma cesárea. A forma como será feita a indução e a sua viabilidade dependem do histórico de cada gestante.
“Ele pode ser indicado quando existe uma alteração em relação às condições normais, como pré-eclâmpsia, rompimento da bolsa após 34 semanas ou pós-datismo, que é quando a gestação ultrapassa as 41 semanas”, explica.
Mitos e verdades sobre o parto normal
A dor do parto é a pior que existe.
Depende. “O limiar da dor varia de pessoa para pessoa. Mas, em geral, a dor do parto está entre as maiores dores que existem”, responde.
A vagina muda após o parto normal.
Mito. “Ela tem um tecido extremamente elástico, então ela se adapta no processo de parto e depois volta ao normal. O que acontece é que estamos num processo de envelhecimento e perdendo colágeno, levando a uma flacidez também na vagina. Algumas mulheres têm a sensação de que a culpa foi do parto, mas não foi”, explica.
Comer tâmara no fim da gestação ajuda a acelerar o parto.
Verdade. “Existem estudos dizendo que a ingestão de tâmaras a partir das 37 semanas pode acelerar o trabalho de parto”, conta.
Toda mulher leva ponto “por dentro” após o parto normal.
Mito. “A sutura é feita quando há algum tipo de laceração, seja ela natural ou por episiotomia. Se não houve laceração ou se ela for muito sutil, não há necessidade de dar pontos”, explica.
A recuperação do parto normal é rápida.
Verdade. “Em geral é bem rápida. O parto normal propicia que a mulher possa cuidar dela e de seu bebê muito mais rápido, já que é um processo fisiológico”, diz a dra. Lígia.
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